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O golpe do veneno

  • Foto do escritor: Verde Vida
    Verde Vida
  • 27 de jun. de 2017
  • 4 min de leitura






Os transgênicos foram desenvolvidos porque os agrotóxicos eram tão agressivos que matavam as pestes, mas também a plantação. Portanto, a Monsanto (que patenteou o glifosato sob o nome de Roundup) passou a desenvolver sementes mais fortes para aguentar a quantidade de veneno. O que a população não sabia na época, entretanto, era da nocividade dos herbicidas e outros químicos, bem como o próprio transgênico, que na cadeia ambiental afeta outras sementes de forma irreversível. No Brasil, a maior parte da plantação de soja é transgênica e, portanto, leva altíssimas quantidades de agrotóxico (incluindo outros químicos ainda mais tóxicos do que o glifosato). Hoje a toxicidade destes químicos é conhecida. Países sérios proíbem seu uso, como o Canadá, onde a Monsanto respondeu criminalmente por tentar subornar ministros. Sim, meus amigos e minhas amigas: não são apenas as grandes construtoras que têm por hábito comprar políticos e a corrupção não é exclusividade tupinikim.



A ONU não sabe quanto há de água poluída no mundo, mas prevê que 40% da população viva em área com problemas relativos à água nos próximos anos. O Brasil, que abriga 13% do total deste líquido no mundo, está fazendo de tudo para tornar a água cada vez mais tóxica. Você percebe que cada dia mais pessoas ficam com câncer, e cada vez mais jovens? Isso é comprovadamente relacionado aos 5,2l de agrotóxico que, segundo o Instituto Nacional do Câncer, os brasileiros consomem por ano. Em 2013, o Departamento de Águas da ONU afirmou, mais uma vez que os agrotóxicos são um grave problema de saúde pública, porque causam, além do câncer, problemas no sistema endócrino e hormonal de humanos e animais. Outras enfermidades como infertilidade, autismo, doenças autoimunes e problemas nos rins e fígado também estão relacionadas ao uso de agrotóxicos.


Aqui no estado de São Paulo nós não vamos dar trégua. Vamos continuar incentivando a agroecologia, a agricultura familiar e orgânica, e seguir dizendo ao estado que nós precisamos cuidar de nossa população. É mister defender a terra e o povo rural, os assentados e todos aqueles que vêm trabalhando há décadas por um modo de produção sustentável. Se não por empatia, por convencimento político, que seja pelo bom senso de entender que com tanto veneno nos grãos que exportamos e diante da tendência mundial de consumir orgânicos, logo não poderemos vender mais nada e as commodities serão seriamente afetadas. Mais. Não da pra aceitar que nos envenenem dia a dia sem nada dizer, sem um levante. E não descansaremos desta luta que se faz tão necessária, especialmente agora, que tentam tirar cada grão de vida que há em nós.


 
 
 

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