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Plástico, como seria bom voltar no tempo e desinventá-lo

  • Foto do escritor: Verde Vida
    Verde Vida
  • 12 de fev. de 2017
  • 5 min de leitura





Por que resolvi escrever sobre isso? As notícias sobre danos causados por plásticos à fauna e ao ambiente se sucedem pelas redes sociais e outros meios de comunicação. São baleias, golfinhos, peixes, tartarugas, arraias que morrem ao ingerir plásticos ou por se atrelarem a dejetos encontrados nos oceanos. Este é o resultado do acúmulo de lixo desproporcional jogado nos mares. Um filme da National Geographic Oceanafirma que são 8 milhões de metros cúbicos de plástico por ano jogados nos oceanos, o que equivale a cinco sacolas plásticas por cada metro e meio de toda a extensão da costa marinha do mundo. A entrevistada, Ellen MacArthur, sugere uma total mudança nos parâmetros de produção para que o plástico nunca se torne lixo. Para tal, é necessária uma mudança radical em todos os segmentos do processo produtivo, com o envolvimento dos principais players do cenário. Mas, o importante é que ela acredita ser possível.









São variadas as iniciativas de tentar minimizar os efeitos do desperdício. Mas, por mais louváveis, ainda são insignificantes diante do volume e da grandeza do problema que a própria humanidade criou. Recentemente, a Nike lançou um tênis fabricado com plástico reciclado advindo dos mares e outra iniciativa de calçados feita com PET também tem sido divulgada nas redes sociais. Outros exemplos de reutilização vem de pastilhas para recobrir paredes e até a construção de casas feitas com garrafas PET. Lindas iniciativas que merecem nossos aplausos. Dois surfistas inventaram um balde que suga lixo e é de fácil retirada, com intuito de limpar o mar que tanto amam. Outro caso é do jovem escocês, Boyant Slat (TED-X Boyant Slat), que criou um sistema de retirar lixo dos oceanos que ele garante que além de funcional seria lucrativo. O processo criado por Boyant baseia-se nas correntes marinhas e, por isso, as telas são colocadas de maneira a aproveitar o movimento das águas para coletar o plástico que circula.



Criatividade há, mas a questão é tão grave que merece uma mudança substancial em nossos sistemas de produção. Todos somos responsáveis pelo destino adequado, do fabricante ao distribuidor e consumidor, ou seja, toda a cadeia produtiva. Se levado a sério, o número de garrafas PET ou de embalagens de alimentos, cosméticos, brinquedos, e tantos outros itens de consumo tenderia a diminuir drasticamente, o que é urgente. O ideal seria ir além de qualquer punição a quem não age corretamente, com recompensas financeiras e outros benefícios para favorecer aqueles que são ambientalmente responsáveis. Esse é um tema que mereceria encontros com setores múltiplos da sociedade para que pesquisadores, setor privado, governos e todos os envolvidos nas cadeias de produção e de consumo pudessem buscar saída para uma crise inusitada que começou sutilmente, mas adquire cada vez maior dimensão.





 
 
 

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