Transgênicos: mais uma trapaçaOutras Palavras24 de mai. de 20162 min de leituraMídia deu, em todo o mundo, vasta repercussão a relatório norte-americano que atesta suposta “segurança” dos OGMs. Mas agora sabe-se quem financiou o estudo…Por Nadia Prupis | Tradução: Gilberto SchittiniCresce o ceticismo público sobre um novo relatório que afirma ser seguro o consumo dos organismos geneticamente modificados (OGMs). A desconfiança cresce à medida em que vêm à tona informações de que a organização que produziu o relatório tem relações com a indústria de biotecnologia.O relatório Genetically Engineered Crops: Experiences and Prospects(pdf), lançado em 17 de maio pela Academia Nacional de Ciências, Engenharia e Medicina dos Estados Unidos, afirma que não apenas os OGMs são seguros para a alimentação, como também não têm impactos ambientais negativos e levaram à redução no uso de pesticidas. Essa publicação é lançada no momento em que o Congresso norte-americano – que fundou a instituição – estuda tornar obrigatória a rotulagem de transgênicos.“Claramente existem fortes argumentos sobre os riscos e uma pressão considerável da opinião pública para a rotulagem obrigatória de produtos contendo material geneticamente modificado. Já o comitê não considera que a obrigatoriedade de rótulo seja justificável para proteger a saúde pública”, afirma o relatório.Entretanto, um dia após a publicação o grupo de defesa ambiental Food & Water Watch (FWW) divulgou em nota (pdf) que o Conselho Nacional de Pesquisa (National Research Council, NRC) – braço da Academia Nacional de Ciências – tem relações fortes com as indústrias agrícolas e biotecnológicas, o que, diz o FWW, “criou conflitos de interesse em todos os níveis da organização”.O NRC e a Academia Nacional de Ciências recebem milhões de dólares de financiamento de corporações como a Monsanto, a DuPont e a Dow Chemical, relatou o FWW em sua publicação Under the Influence: the National Research Council and GMOs (pdf).Representantes dessas companhias – e também da Cargill, General Mills e Nestlé Purina, dentre outras empresas que apoiam os OGMs – também têm assento no conselho do NRC que supervisiona os projetos sobre OGMs. O NRC não revelou publicamente esses laços, disse o FWW. Na verdade, mais da metade dos autores convidados para o novo relatório tem relações com essa indústria.De acordo com o FWW, não só o NRC tem um histórico de relações com a indústria, como também vem trabalhando para silenciar críticos dos OGMs e das companhias com assento no conselho.Click na imagem o no texto para ver a matéria completa
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